<i> Dono disto tudo </i>: no meio da loucura, Xadas decide o dérbi do Funchal | OneFootball

O Marítimo na Madeira e Xadas no jogo. Pelo menos, assim ditou esta noite de domingo. No embate que capta a atenção de todo o habitante madeirense, os maritimistas levaram a melhor (3-1), graças à canhota do inspirado Bruno Xadas.

O começo, ainda assim, foi antagónico ao resultado final. Os visitantes começaram mais fortes, com mais bola e a dominar o encontro. O Nacional agia, o Marítimo só reagia, numa tentativa de conter as intenções adversárias.

Violenta canhota

Ainda assim, os alvinegros não contavam com os iluminados desatos de Bruno Xadas. Quando os pés correspondem às fantasias da mente, nascem obras de arte e, pelos vistos, a cabeça do irreverente médio tem conexão direta com o seu pé esquerdo. Primeiro, numa bomba do meio da rua e, posteriormente, na passada à entrada da área; dois desenhos com o mesmo fim: golaços, embelezados pela afinação ao canto superior esquerdo.

Os tentos foram a causa do desnorte visitante. O Nacional demorou a recompor-se e Bica aproveitou; o avançado, inteligente nas movimentações e mortífero no ataque à profundidade, atirou duas bolas aos ferros e voltou a assustar a comitiva forasteira.

Ascender até à fatalidade

Contudo, o relvado — visivelmente ferido — colocou alguma justiça no marcador. O Nacional merecia um golo de honra e, por isso, um tufo de relva traiu Amir e picou o inocente remate de Carlos Daniel, por cima das expectativas do guarda-redes.

Até ao final — digno de uma montagem Hollywoodesca — houve esforço e vontade do Nacional. No último suspiro e do meio da confusão, Ulisses cabeceou para uma baliza sem o guarda-redes, mas defendida pelo pé de Julião, que apareceu sobre a linha de forma divina. No contra-ataque desse mesmo lance, com muito espaço, Bernardo Gomes sentenciou o marcador. 3-1, invasão de campo e loucura entre os verde-rubros.

Com este resultado, o Marítimo aproximou-se do grande rival. Enquanto os maritimistas ocupam a quarta posição, com 31 pontos, o Nacional mantém o terceiro lugar, com 34 pontos.